Pepa, treinador do Cruzeiro, foi sincero sobre o revés sofrido pela equipe no Brasileirão 2023. A Raposa derrapou com o placar de 0 a 1, favorável ao Cuiabá, visitante do embate na Arena do Jacaré. Com o resultado, o elenco mineiro estacionou na 5ª posição e o Dourado abandonou a zona de rebaixamento (ficando em 14º lugar).
“Notou-se, na primeira parte, alguma precipitação e falta de paciência em decisões técnicas. Jogo entrou numa toada física, em que o Cuiabá passou a ser mais forte que nós. Não foi falta de atitude, foi uma questão de mano a mano. Correr muito, nem sempre é correr bem”, analisou Pepa. “Mas notou-se erros de passe, técnico. E o jogo entrou para o registro que aí está, fica melhor para quem está em vantagem, para quem defende, para quem está mais baixo”.
O comandante distribuiu a responsabilidade para além do desempenho da equipe: “Poderíamos e tínhamos que fazer mais e melhor. Para nós, não foi benéfica a situação (do gramado). Da forma que jogamos, tabelas, combinações nos corredores, é difícil. Não é desculpa, mas é uma realidade. Mas sou o primeiro a dizer que temos que melhorar. Quando não dá para tocar violino, temos que tocar tambor. E perdemos em situações com alguma precipitação”.
Em relação ao caso de racismo sofrido por Vini Jr, do Real Madrid, que ganhou repercussão internacional, o português foi categórico. “É pré-histórico. Uma vergonha. Sou uma pessoa de cor, sou preto com muito orgulho. Passei em situação de racismo. O que tenho para dizer é que é vergonhoso, é pré-histórico. Não se admite”, cravou.
Agora, as equipes possuem diferentes desafios na continuidade da temporada. O Cruzeiro volta a campo, fora de casa, diante do Flamengo, no sábado, 27, pela próxima rodada do Brasileirão 2023; no mesmo dia, o Cuiabá vai retomar as atividades, como mandante, contra o Coritiba, também em duelo da Série A.
