Nos últimos três anos, a Red Bull Racing deixou de ser somente uma coadjuvante de uma Fórmula 1 completamente dominada pela Mercedes para fazer, em 2023, o ano mais dominante da história do esporte, superando até mesmo a marca estabelecida pela McLaren em 1988 com Ayrton Senna e Alain Prost.
Mesmo assim, Christian Horner, o chefe da escuderia austríaca, preferiu manter os pés no chão e afirmou não esperar repetir o mesmo desempenho histórico na próxima temporada.
“Se vocês lembram, o que vimos em 2020 com a Mercedes foi o ano mais dominante deles. E depois, nós conseguimos superá-los em 2021. Houve uma mudança de regra naquele ano, mas ainda assim, nada permanece do jeito que está e nós temos rivais se aproximando em diferentes estágios. Tenho certeza que os conceitos vão funcionar, e regulamentos estáveis sempre se corrigem. Então talvez nunca mais vamos conseguir repetir uma temporada como a que tivemos”, afirmou.
A equipe encerrou a temporada com a vitória de Max Verstappen no Grande Prêmio de Abu Dhabi, neste último domingo, 26. O triunfo do holandês no Circuito de Yas Marina foi sua 19ª de 22 corridas no ano. Das disputadas, a RBR só não venceu uma: em Singapura, quando Carlos Sainz, da Ferrari, saiu vitorioso.
Ver essa foto no Instagram
Desta forma, Verstappen terminou o ano com 86% de vitórias, superando o recorde de 71 anos estabelecido pelo italiano Alberto Ascari, em 1952, que, na época, venceu 75% das provas, seis de oito ao todo. A RBR faturou 95% das etapas de 2023 e foi superior à marca da rival Mercedes, que conquistou 19 das 21 (90% do total) em 2016. A escuderia austríaca ainda superou o recorde da McLaren de 1988, quando Senna e Prost venceram 93% dos GPs.
“Max liderou mais de 1000 voltas, e ele ter vencido 19 corridas… Quebramos o recorde da McLaren de 1988, o recorde de Seb (Sebastian Vettel, de nove vitórias consecutivas em 2013), as taxas de vitórias, todas as porcentagens que ele (Verstappen) alcançou… Esse carro vai entrar para a história por muito tempo, certamente, como o mais dominante na Fórmula 1”, completou Horner.
