Lionel Messi deve enfrentar o Barcelona nos tribunais. O argentino não se reapresentou ao clube catalão nesta segunda-feira, 31, e deixou Ronald Koeman em seu aguardo. A atitude do camisa 10 deixa evidente que ele não pretende seguir no Barça nesta temporada.
Sua ausência no primeiro treino para a jornada europeia 2020/21 foi encarada como uma resposta a sua permanência no clube. Já era esperado que o craque não participasse das atividades, pricipalmente depois do burofax quem enviou aos catalães na última semana.
O argentino quer sair do Barça de maneira unilateral e utilizou deste documento para apresentar suas justificativas para trocar de clube. A ideia é de que ele saia de graça do Barcelona e sem que haja o pagamento de sua multa rescisória (4,5 bilhões de reais).
Messi possui uma cláusula em seu contrato, onde ele poderia deixar o Barcelona no final de cada temporada e sem qualquer tipo de custo. Baseado nesta justificativa, ele tenta forçar sua ida para outro time europeu.
No entanto, a equipe catalã se defende e diz que o prazo para o seu capitão exercer a cláusula havia passado (31 de maio) e que ele teria de continuar no clube ou pagar a multa rescisória. O argentino responde, por sua vez, alegando a existência de uma temporada atípica e prolongada em relação a dos outros anos.
Vale lembrar que a última temporada acabou no dia 23 de agosto, com a final da Champions League. Messi se baseia nisso e também na cláusula de seu vínculo com o Barça, que lhe permite pedir para deixar o time até dez dias depois do fim da jornada europeia.
Com todo esse cenário, o jornal Sport revelou que o Barcelona está procurando maneiras de ir à Justiça para resolver a “questão Messi” nos tribunais. O clube catalão quer uma punição devido sua ausência nas atividades de domingo, 30, e segunda-feira, 31.
Mas antes que haja isso, o presidente do Barça, Josep Maria Bartomeu, pretende conversar com o pai de Messi, que é empresário do jogador, além do próprio atleta. O cartola está tentando de todas as maneiras ter diálogo com o argentino para convencê-lo de sua permanência.
Tanto a La Liga quanto o Barcelona consideram a recusa de Lionel Messi a comparecer nos eventos oficiais do clube como “ofensas graves”, além de uma violação do acordo coletivo feito entre os jogadores, a liga e as equipes.
O QUE DIZ A LA LIGA?
“Em relação às diferentes interpretações (algumas contraditórias entre si) publicadas nos últimos dias em diferentes meios de comunicação, relacionadas com a situação contratual do jogador Lionel Andrés Messi com o FC Barcelona, La Liga considera conveniente esclarecer que, uma vez analisada o contrato do jogador com seu clube:
1) O contrato está atualmente em vigor e contém uma ‘cláusula de rescisão’ aplicável no caso de Lionel Andrés Messi decidir instaurar a rescisão unilateral antecipada do contrato, efetuada nos termos do artigo 16.º do Real Decreto 1006/1985, de 26 de junho que regula a relação especial de trabalho de atletas profissionais.
2) De acordo com os regulamentos aplicáveis, e seguindo o procedimento correspondente nestes casos, a La Liga não realizará o procedimento de visto prévio para o jogador a ser retirado da federação se este não tiver pago previamente o valor da referida cláusula”.
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